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Decifrando como as plantas controlam o uso de nitrogênio

Fonte: Mundo Agropecuario

O bioquímico vegetal Soichi Kojima e seus colegas da Universidade de Tohoku discutem suas descobertas e planos futuros em um artigo na revista Frontiers in Plant Science.

O nitrogênio é um nutriente tão crucial para as plantas que grandes quantidades de fertilizantes contendo nitrogênio são espalhadas em terras agrícolas em todo o mundo. Esses fertilizantes contêm principalmente nitrogênio na forma de íons de amônio (NH 4+), a forma química na qual o nitrogênio é mais facilmente absorvido pelas raízes das plantas. No entanto, o excesso de azoto no solo e no escoamento de drenagem para lagos e rios provoca graves desequilíbrios ecológicos, incluindo a proliferação de algas que desoxigenam a água e matam peixes e outras formas de vida aquática.

“Um dos principais objetivos da investigação agrícola moderna é desenvolver culturas que possam crescer de forma saudável sem depender de tanto azoto adicionado”, diz Kojima. Ele acrescenta que existem também incentivos económicos e ambientais importantes por detrás deste objetivo, observando que “atualmente é necessária energia proveniente de grandes quantidades de combustíveis fósseis para converter o azoto do ar em amónio para fertilizantes”.

Os pesquisadores trabalharam com a pequena planta com flores do agrião (Arabidopsis thaliana), espécie comum usada em estudos laboratoriais em ciências vegetais.

“Em conjunto, os nossos resultados revelam, a nível genético, os mecanismos reguladores que operam quando as plantas utilizam fertilizantes azotados nas suas raízes”, diz Kojima.

O próximo passo da equipa é determinar se os processos identificados em Arabidopsis são partilhados por outras espécies de plantas, especialmente culturas importantes, como o arroz e outros cereais. Se isso se confirmar, poderá abrir um caminho para os melhoristas de plantas e geneticistas gerarem culturas que poderão necessitar de muito menos fertilizantes e, ao mesmo tempo, produzirem os rendimentos necessários para alimentar o mundo. Melhorar a produção ou atividade de enzimas produtoras de aminoácidos pode ser a chave para o sucesso.

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