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Produtores passam a cultivar tomate, pimentão e flores em estufas para reduzir perdas nas lavouras no ES

Fonte: Jornal do Campo

De acordo com o Incaper, nos últimos 6 anos houve um crescimento no setor de cultivo realizado em estufas, principalmente na Região Serrana do Espírito Santo

Agricultores de Venda Nova do Imigrante, na Região Serrana do Espírito Santo, estão investindo no cultivo de pimentões coloridos, flores e tomate em estufas para melhorar a qualidade dos produtos e também evitar as tão temidas pragas, que acabam prejudicando as plantações e causando perdas.

Denivaldo Poleto, um dos produtores rurais da região de Alto Caxixe, contou que sempre buscou novas formas de aliar o trabalho com tecnologias e é um dos que aderiram à técnica há alguns anos. Ele disse que já acumula bons resultados.

“É a segurança de produtividade porque em campo aberto tem os contratempos, chuva de granizo, excesso de chuva, e isso você consegue controlar na estufa [que é um espaço] protegido. Comecei com 2,5 mil pés de pimentões coloridos e hoje estou na faixa de 150 mil plantas”, contou o agricultor.

São 150 estufas instaladas em cerca de 7 hectares da propriedade, onde também são cultivadas flores e tomate. O agricultor disse que se fosse em terreno aberto, os pimentões, principalmente, não teriam a mesma qualidade oferecida hoje aos clientes.

“[Tem a] a facilidade do controle de pragas e manejo das plantas. É tudo fechado, com tela antivírus e as pragas não conseguem entrar. O pimentão colorido não produz em campo aberto, não aguenta chuva e não aguenta a banca no pós-colheita”, disse o agricultor.

Cintia Bremenkamp, técnica do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), disse que nos últimos seis anos houve um crescimento no setor de cultivo realizado em estufas no estado, principalmente na Região Serrana.

“Na Região Serrana, de uma forma geral, e em cidades como Venda Nova, Santa Maria e outros municípios, aumentou muito nos últimos anos a produção desse tipo. Prova que é o futuro e um caminho sem volta”, disse a especialista.

Outro produtor que resolveu adotar o cultivo em estufas é Bruno Cesconeto. São cerca de 200 mil pés de tomates de mesa, cereja e do tipo italiano em sua propriedade. No início, a migração do sistema de cultivo convencional para o atual foi a alternativa encontrada para minimizar as perdas na lavoura.

“A gente tinha uma perda gigantesca por causa de pragas, doenças e também ocorrência da chuva. Dava muita avaria na mercadoria e tinha uma qualidade um pouco inferior”, disse Bruno. De acordo com o agricultor, houve um aumento de 30% na produção de tomate desde que o cultivo em estufas foi adotado na propriedade.

“Quando você calcula a dificuldade do campo aberto, a perda que você tem, a insegurança que ele te transmite – porque tomate é uma cultura muito sensível – você acaba identificando que é um preço a se pagar pela segurança”, disse o produtor rural.

 

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