Fonte: ScienceDirect Abstrato Os tomates são cultivados e consumidos em quase todos os países do…
Clima x Tecnologia
Utilizar a tecnologia é aprender a dominá-la, aproveitá-la e potencializá-la. O Dr. Jorge Flores Velázquez, Engenheiro Agrônomo em Agricultura Protegida, vinculado à Subcoordenação de Engenharia de Irrigação do Instituto Mexicano de Tecnologia da Água (IMTA), com pós-graduação em Ciências e Tecnologia da Água IMTA-UNAM, falou durante o Industry Summit 2019 um conjunto de conhecimentos valiosos para transmitir especificações muito importantes nas tarefas diárias e futuras da atividade agrícola e da indústria no que diz respeito à aplicação de tecnologia.
A exposição apresentada pelo especialista é desenvolvida em cinco pontos principais a partir de: o que é um sistema de produção agrícola (como funciona)? Qual a importância do clima e do meio ambiente? Quais são algumas das condições meteorológicas no México? O que torna uma região produtiva? E como aproveitar essas condições climáticas com o uso de tecnologias?
1. O sistema de produção agrícola O Dr. Flores começou especificando que “todos os sistemas devem estar em equilíbrio”. Historicamente, a produção agrícola é uma das mais antigas, sendo esta uma relação físico-química-biológica entre quatro aspectos: planta-solo-atmosfera-água; tanto na forma linear como multilinear.
No entanto, diz Flores, essa inter-relação existe atualmente, mas sua interação quanto ao uso de diferentes tecnologias disruptivas deve ser redefinida, ou diferentes sistemas de produção desenvolvidos (em comparação aos métodos tradicionais), resultando em aumento de desempenho e/ou uso eficiente de recursos. Até hoje, independentemente de os sistemas de produção estarem localizados em cidades ou áreas rurais, “a aplicação de qualquer estratégia de controle, seja em condições controladas ou em campo aberto, deve ser voltada para a otimização e gestão do sistema por meio de tecnologia, normalmente com base em modelos matemáticos, para fazer uso eficiente dos recursos”, afirmou o tecnólogo e especialista.
2. O clima e o meio ambiente No segundo tópico, Flores Velázquez abriu com uma pergunta tão básica quanto complexa: o que faz o tempo?O clima é a soma de dois aspectos: o tempo e o clima. Destes existem elementos e fatores. Tudo isso cria uma região climática onde, ao agregar tecnologia, é o que resulta em uma região climaticamente adequada. Numa quebra de conceitos, o acadêmico e especialista explicou e definiu cada um: Tempo e clima: é o que acontece neste momento. É o clima. Quando nos referimos ao clima falamos do tempo médio, que emite uma regionalização através de processos de registros históricos. Os fatores (elementos físicos): latitude e altitude, são os que definem se a região é climaticamente adequada em seu aspecto regional, ou seja, define as características climáticas da região. Elementos (climáticos): diretos e derivados, são aqueles que definem o tipo de cultura ou as condições para as quais um sistema de produção pode ser desenvolvido.
Portanto, a combinação desses fatores define as características agroclimáticas de uma região. Se sim, é para os nossos cultivos? Por isso, devemos conhecer as exigências climáticas de nossos cultivos e, a partir disso, caracterizá-los: “O que deve ser mantido é um equilíbrio entre recursos e rendimentos.” Encontrar um valor ótimo entre o que você tem e o que você precisa, por exemplo, radiação-espaço-planta. Como encontrar a medida nisso?
Através de ferramentas tecnológicas de medição em um ou alguns dos fatores climáticos mencionados, e os materiais adequados para determinadas reações. Fatores climáticos derivados: O fluxo de calor. O déficit de pressão. Pressão atmosférica, representando a densidade do ar e a potência da taxa de ventilação. Dióxido de carbono (CO2), sendo esta a “gasolina” que a planta utiliza para realizar sua fotossíntese, fator básico para a produção. Evapotranspiração, que é a quantidade de água que a planta necessita.
Tema importante na atualidade sobre a crise hídrica internacional, por isso a busca por novas alternativas tecnológicas. Dr. Flores enfatiza que é importante conhecer todos esses fatores para fazer uma região produtiva, que depende da safra, portanto, devemos conhecer a safra: “Conhecer é o primeiro ponto e depois planejar e programar. O complexo sistema dinâmico/climático obriga-nos a introduzir tecnologias de monitorização, gestão (tempo real ou média), controlo e ação eficiente”. 3. Condições climáticas no México Um dos principais problemas e benefícios do México, paradoxalmente nos apresenta o especialista, é o complexo ambiente de classificação climática existente, o que torna difícil fazer uma classificação geral do clima. Mais um problema é a precipitação errática.
A questão da água é um ponto base que, portanto, devemos conhecer sobre a precipitação e seu armazenamento. Novamente, tecnologia não é apenas uma questão de ferramentas de solução, mas fontes de conhecimento para estudo e prevenção, por exemplo, estações meteorológicas. As tecnologias devem fornecer medidas ou possibilidades de solução para a tomada de decisão.
4. O que torna uma região produtiva? Uma região produtiva é a soma de clima e tecnologia, conceitos já citados. No clima: “Com dados médios, de trinta anos atrás, posso definir se minha região é adequada; e com dados diários dou o manejo da minha lavoura”, disse Flores. A tecnologia, no que diz respeito à precipitação e radiação, baseia-se em questões de gestão sobre os fatores que surgem e as capacidades de gestão e aplicação.
Em geral, o que torna uma região elegível? Climaticamente, as bases já estão instaladas, mas também estamos falando de fatores como alta radiação, invernos quentes, baixa umidade relativa, vias de comunicação e, finalmente, mercados. Em tecnologia, destacam-se as Unidades Regionais de Pesquisa e Desenvolvimento. Teste, por exemplo, o uso de redes, agricultura de precisão, sensoriamento remoto, sensor de irrigação, etc. “O que é preciso para uma alta produção?” perguntou o especialista e respondeu indicando que são vários fatores: clima, trabalho, água, solo; Isso nos permite zonear o potencial produtivo por região.
Mas, em geral, no que diz respeito às regiões e seu potencial (alto-médio-baixo), o México tem uma capacidade de produção de alta capacidade. No entanto, diz o especialista, podem ocorrer anomalias, para as quais afirma que “a região pode ser adequada, mas devemos considerar adequada para quê ou para quem”, perante o que ganham importância os dados recolhidos pelos órgãos que as concentram e estudam. No final das contas, diz Flores, “é a relação custo-benefício que define se é uma região climaticamente adequada”.
5. Uso de tecnologias Nas tendências agrícolas, os pontos fortes ou fracos do produto específico devem ser encontrados para protegê-lo e/ou impedi-lo. Para isso, Flores Velázquez indica que temos o uso de tecnologias na agricultura, como: Agricultura inteligente: previsão analítica de dados históricos. Inteligência artificial: máquinas de reação automática. Biotecnologias: modificação genética, adaptação. A Internet das Coisas: chips, sensores, atividade em tempo real. Agricultura urbana: vertical, aquicultura, energia e nutrição. Diante do exposto, surgem quatro perguntas básicas: Ferramentas de previsão do tempo e simulação. Isso só tem a ver com a operação e conhecimento preciso da cultura específica sobre suas necessidades físicas, químicas e biológicas. Sistema de aquisição de dados.
A Internet das Coisas, “da minha mesa estou programando e recebendo os dados”. Rastreamento de agricultura de precisão. Sensores de mapas móveis, uso de imagens de satélite, monitoramento com nanossatélites. “Imagem de satélite diária, que quebra a temporalidade e a espacialidade e aumenta a precisão (até um centímetro) para, por exemplo, ver a doença.” Sistemas controlados e semi-controlados. Derivados de modelos climáticos, que são sistemas de aquisição de dados históricos em tempo real com a implantação de sistemas de produção com controle variável para que a usina desenvolva seu potencial. Em resumo, o especialista indica que a planta possui três formas de nutrição: mineral, vegetal (carbono) e água; São eles que definem o seu potencial.
O que acontece se uma das partes da nutrição for possível fornecer? A tecnologia então fornece o desempenho em qualquer uma das partes da planta para fornecê-lo, isso com base nas estações meteorológicas e no cálculo: gerenciamento de radiação, quantidade de água, transpiração, etc. Nas palavras do próprio Dr. Flores Velázquez, a conclusão refere-se ao fato de que “a região será climaticamente adequada desde que haja um equilíbrio entre essas condições e o que estamos obtendo. Por isso é importante conhecer as características climático-regionais para não ficar investindo mais nesses recursos. Aproveitar ao máximo os recursos locais, por isso é preciso conhecê-los e com isso iniciar o processo de mudança”.
Fontes e notas:
Flores Velázquez, Jorge Dr., Conferência "Clima vs Tecnologia". Vice-líder de equipe do Instituto Mexicano de Tecnologia da Água (IMTA). Industry Summit México 2019. León, Guanajuato. junho de 2019.